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domingo, 29 de janeiro de 2012

Censura??? Salve a Internet!



Na semana passada, 3 milhões de nós contra-atacaram a investida dos Estados Unidos sobre nossa Internet! --- mas há uma ameaça ainda maior e nosso movimento global pela liberdade online está completamente decidido a acabar com essa ameaça de uma vez por todas.

ACTA - um acordo global - pode permitir que as corporações censurem a Internet. Negociado secretamente por um pequeno número de países ricos e por poderes corporativos, esse acordo configuraria um novo órgão sombrio para a regulamentação comercial internacional que daria poder para interesses privados policiarem tudo que fazemos online e iria impor enormes penalidades -- inclusive sentença à prisão -- a pessoas que eles julgarem estar afetando seus negócios.

Nesse exato momento, a Europa está decidindo se ratificará ou não o ACTA -- e sem ela, o ataque global à liberdade na Internet vai desmoronar. Nós sabemos que a Europa se opôs ao ACTA anteriormente, mas alguns membros do Parlamento Europeu estão hesitando -- vamos dar o empurrão que eles precisam para rejeitar o tratado. Assine a petição -- faremos uma entrega espetacular em Bruxelas quando alcançarmos 500.000 assinaturas:

http://www.avaaz.org/po/eu_save_the_internet/?vl

É revoltante -- os governos de quatro quintos da população mundial foram excluídos das negociações do Acordo Comercial Antipirataria (ACTA) e burocratas não eleitos têm trabalhado de perto com lobistas corporativos para criar novas regras e um regime de aplicação dessas regras altamente perigoso. O ACTA cobriria inicialmente os EUA, Europa e 9 outros países, e então se expandiria para o mundo. Mas se conseguirmos que a União Europeia diga não agora, o tratado perderá sua força e poderá ser paralisado para sempre.

As regras bastante rigorosas significam que pessoas em qualquer lugar do mundo são punidas por atos simples como compartilhar um artigo de jornal ou enviar um vídeo de uma festa que possua uma música sob direitos autorais. Vendido como sendo um acordo comercial para proteger os direitos autorais, o ACTA pode também banir medicamentos genéricos que salvam vidas e ameaçar o acesso de fazendeiros locais a sementes que eles precisam. E, espantosamente, o comitê do ACTA vai ter carta-branca para mudar suas próprias regras e sanções sem controle democrático.

O interesse das grandes corporações está pressionando muito pela aprovação do ACTA, mas o Parlamento Europeu está no meio do caminho. Vamos enviar um apelo enorme aos parlamentares para ignorarem o lobby e se posicionarem a favor da liberdade da Internet. Assine agora e envie para todos que você conhece.

http://www.avaaz.org/po/eu_save_the_internet/?vl

Na semana passada, vimos a dimensão do poder da coletividade quando milhões de nós juntaram forças para impedir que os EUA aprovassem leis de censura da Internet que atingiriam a rede em cheio. Nós também mostramos ao mundo o quão poderosas nossas vozes podem ser. Vamos levantar nossas vozes mais uma vez para combater essa nova ameaça.

Com esperança e determinação,

Dalia, Alice, Pascal, Emma, Ricken, Maria Paz e o restante da equipe da Avaaz

Mais informações:

ACTA: poloneses vão às ruas protestar contra acordo antipirataria (Terra Brasil)
http://tecnologia.terra.com.br/noticias/0,,OI5575829-EI12884,00-ACTA+poloneses+vao+as+ruas+protesta+contra+acordo+antipirataria.html

Se você achava que SOPA era ruim, espere até conhecer o ACTA (em inglês) (Forbes)
http://www.forbes.com/sites/erikkain/2012/01/23/if-you-thought-sopa-was-bad-just-wait-until-you-meet-acta/

ACTA vs. SOPA: Cinco razões pelas quais o ACTA é a ameaça mais assustadora para a liberdade na Internet (em inglês) (IB Times)
http://www.ibtimes.com/articles/286925/20120124/acta-sopa-reasons-scarier-threat-internet-freedom.htm?cid=2

O tratado secreto: ACTA e seu impacto no acesso a medicamentos (em inglês)
http://www.msfaccess.org/content/secret-treaty-anti-counterfeiting-trade-agreement-acta-and-its-impact-access-medicines


domingo, 22 de janeiro de 2012

BBB - Banal, Bagaceira e Bestial!!!


BIG BROTHER BRASIL, UM PROGRAMA IMBECIL
Autor: Antonio Barreto, Cordelista natural de Santa Bárbara-BA, residente em Salvador

Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.

Há muito tempo não vejo
Um programa tão 'fuleiro'
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.

Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, 'zé-ninguém'
Um escravo da ilusão.

Em frente à televisão
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme 'armadilha'.

Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.

O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.

Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.

Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.

Respeite, Pedro Bial
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Da muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.

Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério - não banal.

Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.

A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os "heróis" protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.

Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.

Talvez haja objetivo
"professor", Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.

Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.

É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos "belos" na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.

Se a intenção da Globo
É de nos "emburrecer"
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.

A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.

E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não de sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.

E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.

E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.

A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.

Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.

Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?

Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal.
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
ou então siga, animal!



Antonio Barreto nasceu nas caatingas do sertão baiano, Santa Bárbara/Bahia-Brasil.
Professor, poeta e cordelista. Amante da cultura popular, dos livros, da natureza, da poesia e das pessoas que vieram ao Planeta Azul para evoluir espiritualmente.
Graduado em Letras Vernáculas e pós graduado em Psicopedagogia e Literatura Brasileira.
Seu terceiro livro de poemas, Flores de Umburana, foi publicado em dezembro de 2006 pelo Selo Letras da Bahia.
Vários trabalhos em jornais, revistas e antologias, tendo publicado aproximadamente 100 folhetos de cordel abordando temas ligados à Educação, problemas sociais,
futebol, humor e pesquisa, além de vários títulos ainda inéditos.
Antonio Barreto também compõe músicas na temática regional: toadas, xotes e baiões.


Abaixo, um texto do amigo Pinheiro.

"O FIM DA PICADA

Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço. A nova edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.

Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo.

Impossível assistir a este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros...todos na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterossexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE.

Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB . Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.

Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.

Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis? Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores) , carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor e quase sempre são mal remunerados.

Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a isso todo dia.

Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna. Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, Ongs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína Zilda Arns).

Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.

O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o “escolhido” receba um milhão e meio de reais. E aí vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!

Veja o que está por de tra$$$$$$$$$ $$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.

Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros? (Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores)

Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores. Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema...., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , ·visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir. Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construído nossa sociedade."

Eu concordo! E você, o que acha disso?

Eu li e assineir este abaixo-assinado online:

«QUEREMOS O BIG BROTHER BRASIL FORA DO AR»

http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2012N19293

Eu concordo com este abaixo-assinado e você?

Se você concorda, assine o abaixo-assinado aqui http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2012N19293 e divulga-o por teus contatos.

Obrigado.
Katia Santos

Esta mensagem foi enviada por Katia Santos (katiabhsantos@gmail.com), através do serviço http://www.peticaopublica.com.br em relação ao abaixo-assinado http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2012N19293


sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Grávida farsante

Mulher que dizia estar grávida de quadrigêmeos em Taubaté (Foto: Rogério Marques/O Vale/AE)

O advogado Enilson de Castro, que representa a mulher que disse estar grávida de quadrigêmeos em Taubaté, no interior de São Paulo, admitiu durante entrevista coletiva nesta sexta-feira (20) que a gestação era falsa. Ele não esclareceu, porém, o que levou Maria Verônica Vieira a mentir sobre a gravidez. "A gente ainda não pode responder essa pergunta", disse. O advogado afirmou apenas que ela tem problemas psicológicos. A professora afirmou a ele que está "destroçada" com a situação.
A história da gravidez de quadrigêmeos surgiu no início do ano e foi noticiada pelo G1. Na ocasião, a mulher disse em entrevistas que as quatro crianças eram meninas e teriam como primeiro nome Maria. Depois da divulgação da "supergravidez", um médico que atendeu a mulher no segundo semestre do ano passado afirmou que, na ocasião, ela não estava grávida. A polícia começou a investigar o caso. Havia rumores também de que o casal tinha apresentado a ultrassonografia de outra grávida.
O advogado assumiu a defesa de Maria Verônica na madrugada desta sexta-feira, por volta das 4h. Enilson de Castro disse acreditar que o marido dela não sabia da farsa e que outros familiares também não. Segundo o advogado, todos "estão muito abalados com o caso". Ele admitiu que a cliente usava "uma barriga de silicone" com enchimentos. O advogado disse que a mulher, inclusive, se prontificou a doar os presentes que ganhou.


O defensor disse que a mulher não desmentiu a gravidez antes por causa da grande repercussão que o caso tomou. A probabilidade de uma gravidez espontânea de quadrigêmeos é de 1 para 512 mil. O advogado que antes cuidava do caso, Marcos Leite, agora é contratado apenas do marido.

Médico
O obstetra Wilson Vieira de Souza disse que Maria Verônica Vieira realizou um exame de ultrassom que não atestou a gravidez. “Ela veio ao meu consultório em junho, dizendo que estava grávida. Eu pedi o exame de ultrassom e ela só me trouxe no dia 30 de agosto. Também pedi exame de gravidez, mas ela não trouxe. Naquele dia, ela não estava grávida”, afirma. De acordo com Vieira, ela voltou ao consultório no dia 21 de outubro, com novos exames. “Falei que não tinha dado gravidez. Aí, quando chegou janeiro, vi as reportagens e achei que a conhecia”, conta.
O delegado seccional de Taubaté, Ivahir Freitas Garcia Filho, disse que vai dar sequência ao inquérito que apura o caso. Ele pretende ouvi-la nos próximos dias. O delegado afirmou na quarta que “a polícia instaurou o inquérito para ver se o comportamento dela tem algum cunho que infrinja a legislação penal brasileira". Um dos objetivos da investigação é atestar se a mulher obteve algum tipo de vantagem econômica com a falsa gravidez.
Daqui.

O que você acha disso tudo?



sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Qualidade da Educação


O especialista em educação Gustavo Ioschpe participou de um bate-papo com internautas no site do Jornal Nacional. No resumo abaixo, você confere as perguntas e respostas .

Qual é o maior problema da educação no Brasil?

Infelizmente são vários problemas. A gente pode resumir em um tripé que eu costumo usar para falar sobre a educação brasileira, que é: formação dos professores, gestão escolar e práticas de sala de aula. São os três caminhos para a mudança e são as três áreas que parecem problemáticas hoje. E o quarto item que acho que também transpareceu nesta série de reportagens é a questão do comprometimento. A gente vê que, infelizmente, certas escolas, até por estarem inseridas em zonas de dificuldade, acabam desistindo do aluno com uma rapidez muito grande. As escolas que dão certo são aquelas que têm um comprometimento até o fim com o sucesso do aprendizado do aluno.

Quantos estados não cumprem a lei que determina o piso salarial dos professores?

Na verdade, que eu saiba, são dois estados: o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que ainda questionam juridicamente a aplicação do piso. Mas eu confesso que não tenho grandes esperanças de que a aprovação e implementação do piso em todos os estados vá trazer grandes alterações no quadro da educação brasileira.

O que o público pode exigir dos governos e como fiscalizar o cumprimento destas exigências?

Eu acho que a exigência tem que ser por educação de qualidade. As pessoas confundem um pouco a educação com o ato de estar na escola. Mas só ocorre educação e escola só merece o nome de escola se seus alunos estão efetivamente aprendendo. Acho que uma métrica boa e confiável é justamente o Ideb. Não é um índice perfeito, tem problemas, mas é um índice bastante transparente. É um índice muito bom, que foca em aprendizagem e aprovação e que está disponível para todas as escolas do Brasil. Tem a consulta muito fácil no site do INEP e está reproduzido aqui no site do Jornal Nacional. (COLOCAR LINK). O que me parece um caminho positivo de mudança e mobilização é que todos os pais e alunos, em primeiro lugar, se informem sobre o Ideb de sua escola e, ao notar que tenha um valor baixo, eu diria que abaixo de 5, que procurem entender o porque do Ideb estar baixo. Procurem um canal de comunicação com a direção da escola, com os professores e se isso não for suficiente para gerar mudanças concretas, que levem adiante suas reclamações ao secretário municipal ou estadual de educação. Me parece bastante surpreendente que não tenha tido no Brasil, pelo que eu saiba, nenhuma mísera manifestação ou passeata exigindo melhorias da qualidade da educação. Nós temos muitos movimentos da parte dos professores pela melhoria das suas questões profissionais, mas não me recordo de ter visto uma manifestação popular pela qualidade e efetividade da educação brasileira. Acho que o primeiro passo é se familiarizar com o Ideb, cobrar da sua escola e não parar de cobrar até que o resultado mude e a situação melhore.

Quais situações das escolas chamaram mais atenção durante a produção da série?

Duas situações chamaram bastante atenção, por razões opostas. A primeira foi uma escola de Belém do Pará que tem um Ideb muito baixo e há um clima de confusão e abandono que é realmente assustador. Chega ao ponto de não só ter uma paralisação há um mês e meio das aulas terem sido retomadas após a última greve, como os alunos não serem nem notificados disso. Como se não bastasse os alunos perderem este dia de aula, muitos deles fizeram realmente o papel de bobo de ir até a escola e se defrontar com salas vazias e a ausência total de professores. E o outro caso que me chamou bastante atenção foi uma escola em Goiânia que nós visitamos na quinta-feira (19) que é um caso impressionante do poder de recuperação que uma equipe de professores e especialmente uma diretora comprometida com mudanças pode ter. Como nós falamos na reportagem, era uma escola que, quando a atual diretora assumiu o cargo, tinha apenas 67 alunos e estava em vias de ser fechada. Então, esta diretora assumiu e insistiu para que a equipe fosse trocada e que só ficassem professores comprometidos com o aprendizado do aluno. E num prazo relativamente curto, de oito anos ou até menos, essa equipe conseguiu fazer com que os alunos tivessem um índice de aprendizado compatível com o que existe hoje nos países desenvolvidos. Então uma mensagem de uma escola que traz bastante desesperança, mas por outro lado temperada pela realidade de uma escola que nos enche de esperança e orgulho. E também saber que sem precisar de recursos financeiros diferenciados, sem estar em bairro rico ou utilizar tecnologias diferentes, unicamente com a competência, talento e comprometimento da equipe pode-se gerar sim uma educação brasileira compatível com a dos países desenvolvidos.

Como aplicar melhor os recursos do Fundeb?

A minha sugestão de utilização do Fundeb é algo que eu venho chamando de implementação de uma lei da responsabilidade educacional. Seria fazer com que as verbas do fundo deixassem de ser transferidas para a as escolas de acordo com um critério de necessidade financeira e mais por um critério de melhoria daquela escola. O Fundeb é um mecanismo que tem como objetivo a recuperação de áreas de grande miséria, mas quando mantidos no longo prazo, acabam gerando um ciclo em que não há nenhum incentivo na melhoria da qualidade. Acho que precisamos inverter esta lógica e fazer com que estes recursos sejam direcionados aos gestores que estejam mostrando através de resultados concretos, que seria a melhoria no Ideb. As escolas que tivessem maiores saltos receberiam as verbas do Fundeb de forma proporcional ao salto que aquela escola deu. É uma proposta que algumas pessoas consideram um pouco radical e é um pouco diferente da cultura do pensamento da educação brasileira. Mas acho que é hora de nos darmos conta de que o pensamento que a gente nutre sobre a educação no Brasil tem gerado resultados praticamente catastróficos. Então é hora de pensar diferente.

O salário dos professores é fundamental para a qualidade da educação?

Minha área de pesquisa é a economia da educação, que não se baseia em teorias ou opiniões e sim em resultados de estudos reais, com bancos de dados de milhares de casos e estabelecendo relações através de metodologias sofisticadas de estatística e econometria. E o que estes estudos revelam e são centenas, tanto no Brasil quanto no exterior, é que o salário do professor não é uma variável estatisticamente significativa ou relevante na determinação do aprendizado dos alunos. A partir de um certo patamar de salário atingido, e acho que no Brasil já foi atingido desde a época do Fundef, mudanças salariais não tem se transformado em melhorias da qualidade da educação. Mesmo para quem não queira ler os estudos econométricos, pode reparar que desde 1995, os salários dos professores vêm em um movimento contínuo de aumento. E a qualidade da educação está basicamente estagnada. As notas do sistema de avaliação do ensino básico hoje são praticamente as mesmas ou até menores do que eram em 1995. Me parece que há uma literatura muito vasta que aponta uma série de medidas, algumas das quais gratuitas, que têm muito impacto sobre o aprendizado dos alunos, por exemplo: dever de casa, avaliação constante e acompanhamento, utilizar material didático, ter livros e biblioteca dentro da escola, ter uma aula interativa, etc. Há uma série de itens que tem muito pouco custo e resultado comprovado. Como política pública, o Brasil deveria estar mais preocupado em implantar medidas que tenhamos relativa certeza de que terão resultado e custo relativamente baixo do que continuar insistindo no caminho do aumento do salário dos professores, que até hoje não se mostrou efetivo nem na história recente da educação brasileira e nem na literatura especializada.

Quando se fala em aumento dos professores, as pessoas veem esta questão por dois lados. Um é aumentar os salários dos professores que estão na ativa hoje para que eles se sintam mais motivados e tenham resultados melhores. E a segunda é aumentar significativamente o salário dos professores para que um novo grupo de pessoas seja atraído à carreira. Pessoas mais qualificadas e que poderiam gerar este salto na educação brasileira. Quanto ao primeiro argumento, citando novamente os estudos, eles mostram que não há essa relação. E o problema de aprendizagem não é na maioria dos casos falta de motivação do professor, mas em muitos casos falta de preparo, formação adequada, sistemas de gestão que iriam conduzir a esta melhora. Já em relação a atração de novas pessoas vejo dois problemas com este raciocínio. O primeiro dizer que 2 milhões de professores, hoje na ativa não prestam e que não há nada que se possa fazer com eles para que tenham um rendimento melhor. Eu rejeito este argumento. Acho que os professores brasileiros têm bastante vontade de acertar e em vários casos estão fazendo um belo trabalho. E a partir do momento que tenham uma formação correta, o resultado vai melhorar.

É uma saída municipalizar a educação no Brasil?

Eu acredito que em termos de formato, a municipalização, principalmente das séries iniciais é o caminho correto. Mas não sou uma pessoa que acredita no formalismo da lei para mudar uma realidade social e política. Enquanto não houver comprometimento e preparo das pessoas que estão do lado de lá da sala de aula, ou seja, professores e diretores, e enquanto não existir demanda e exigência do lado de cá, dos pais e alunos, a situação vai continuar na inércia. O que fica claro é que esta falta de demanda por uma educação de qualidade faz com que haja uma acomodação muito grande das pessoas que estão do lado de lá: dos professores, diretores e especialmente das lideranças políticas. No Brasil, temos a cultura de que quando há um problema precisamos criar uma lei para resolvê-lo. Por exemplo, quando se criou a vinculação orçamentária, onde 18% do orçamento da União e 25% dos orçamentos de estados e municípios fossem gastos em educação, se imaginava que isso iria garantir para todo o sempre que não faltaria dinheiro para a educação. Mas o que acontece é que como não há uma demanda por educação de qualidade, esse dinheiro pode até estar sendo gasto em educação, mas não traz os resultados necessários. Me parece que um caminho indispensável para a melhoria é gerar a demanda por melhorias na qualidade da educação por parte do grande público.

Daqui.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Impunidade até quando???





Como acabar com a impunidade no Brasil, se as autoridades justificam suas ações perante os criminosos culpando as leis ultrapassadas de 1940? Pois se as leis não atendem à realidade atual que se corrijam as leis?
Está faltando vontade política, falta competência ou o quê?







Grata por deixar a sua opinião!!!



segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Ética parece miragem



Por Joselma Noal*

Muito se fala na importância de ser ético em nossa sociedade, a frase já se tornou lugar-comum e mais parece uma utopia. Por isto pensamos tratar-se de ilusão de ótica quando enxergamos alguém como Heitor. Nos causa um tamanho espanto, temos que nos beliscar para saber se é verdade ou se é sonho. A realidade nos confunde fantasiada de ficção.

Mas é verdade, acreditem, pasmem, sim, existem sujeitos éticos na sociedade atual brasileira! Pois é, o soldado do Batalhão de Choque da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Heitor, agiu de modo surpreendente ao negar o recebimento de um alto valor de propina para liberar da prisão o traficante Nem da Rocinha. A oferta começou em R$ 20 mil e logo passou a R$ 1 milhão, e não precisa ser nenhuma fera em matemática para calcular que são valores muito superiores ao salário de um soldado. Ao ser indagado pela imprensa o porquê da recusa da propina, respondeu, com humildade, ter recebido educação de seus pais, confessou ter aprendido sobre valores e ética em sua formação em família. Fiquei tão espantada, tão embasbacada que a notícia só podia virar texto!

Os policiais corruptos estão sendo investigados e presos, são duplamente criminosos, sem dúvida! No entanto, deveríamos falar menos nos corruptos e mais nos éticos como Heitor.

Será que nós também estamos educando como os pais do Heitor? Quem de nós agiria de modo ético? Responda aí para os seus botões, não precisa espalhar, nem contar pra ninguém, fica só aí você com você mesmo! Pensa bem: com R$ 1 milhão a gente nem precisaria mais trabalhar na vida! O soldado podia, do dia para a noite, ter vida de rei e por que tal rechaço a vida boa? Simplesmente porque preferiu ser ético. Então, você concorda comigo que parece miragem a cena de recusa de R$ 1 milhão feita pelo soldado?

Eu fico tão otimista quando vejo que ainda há gente de verdade no mundo e melhor ainda, quando consigo visualizá-las no Brasil! Tão raros os casos de honestidade temos em nosso país e fico feliz também em ler que jornais internacionais mencionaram a ação policial na prisão do traficante da Rocinha e a recusa de propina por parte de policial brasileiro. É outra imagem do Brasil e dos brasileiros divulgada ao mundo.

Às vezes parece que o Brasil, país do jeitinho, ainda tem jeito! Tomara que não passe de uma ilusão de ótica!

*Escritora e professora de Língua Espanhola da FURG

Daqui.

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