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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Será o fim do mundo???


Por Laura G. Orihuela

Da EFE

Para muitos, o fim do mundo tem dia, mês e ano: 21 de dezembro de 2012. Nesta data, a Terra vai deixar de existir como a conhecemos e a continuidade da espécie humana correrá risco. Pelo menos, esse é o rumor que circula pela internet.

O calendário Tzolkin, um dos 20 cálculos de tempo que os maias utilizavam, afirma que 2012 põe um fim ao que chamam de "a conta longa", um ciclo de tempo que começou em 3113 a.C.

Segundo Enrique De Vicente, jornalista especializado em temas paracientíficos desde 1968, este dado é relevante porque a cultura maia deixou um legado de conhecimento astral "tão preciso que assombra matemáticos e astrônomos". E por isso a crença de que algo importante acomtecerá em 2012 ganha força.

2012, o rumor do fim do mundo

Embora o fim de um ciclo não represente a destruição da Terra, 2012 se transformou em um "ano apocalíptico", no qual alguns veem preocupações e outros, negócios.

De Vicente, que além disso dirige a revista "Ano Zero", publicação sobre esoterismo e ciências ocultas, afirma que "na rede há desinformação e os responsáveis são a onda de rumores e filmes, como "2012".

Roland Emmerich, diretor desta produção e de outras como "Godzilla" e "O Dia Depois de Amanhã" é, segundo De Vicente, "um produtor de temas apocalípticos porque vendem, e ele fez uma manipulação com esse interesse".

O especialista assinala que "Hollywood faz o que dá dinheiro e manipula muitas coisas ao serviço do sistema". Mas, a indústria cinematográfica não é a única que tem benefícios com a alarmante situação.

A contagem regressiva

Faltam pouco mais de um ano para que a famosa data chegue, embora o número exato e atualizado, com horas, minutos e segundos seja exibido em vários sites, que multiplicam suas visitas à medida que o tempo passa.

"Nos dias anteriores ao terremoto do Japão, este blog tinha cerca de 400 visitas diárias. Desde o dia do terremoto as visitas passaram das 4.000", afirma um dos posts de www.findelmundo.net, onde podem ser encontrados todo tipo de conteúdos referentes ao tema.

Perante o alarme fatídico, há quem se dedique a preparar a humanidade. Para isso, no blog "www.2012findelmundoverdad.com" é oferecido o "Guia Dezembro 2012", que custa US$ 49,90 ou 38,89 euros, um preço razoável para que lhe digam "como ficar no alto depois da catástrofe".

Um pouco mais baratos são os bilhetes vendidos em "www.escapeearth2012.com", cuja reserva assegura uma vaga na nave que viajará para um novo planeta quando a Terra for destruída.

Estas questões podem provocar risos de muitos mas, no entanto, há quem foi contaminado pelo rumor alarmista.

A verdade maia

De Vicente assegura que "no Ocidente, o número de pessoas que acredita no fim do mundo é mínimo, no entanto essa tendência catastrofista é muito superior em outros lugares como Índia e Japão".

Na atualidade, assinala o especialista, "muitos maias, a maioria analfabetos, pensam que o mundo vai acabar, não porque seus sacerdotes tenham dito, mas porque este é o rumor que corre".

Como De Vicente destaca, "para os sacerdotes, 2012 não significa nenhuma destruição, mas uma mudança de consciência que pode interpretar como o ser humano se considera parte da terra e do cosmos, porque, se não existe uma harmonia, tudo está ruim".

Realidade ou mito?

Esta cosmovisão tem um sentido para Enrique de Vicente, que reflete sobre eventos recentes como os terremotos catastróficos da Indonésia, Japão e Chile, "três dos sete maiores acontecidos na história".

Embora o jornalista rejeite o famoso e atual rumor sobre o fim do mundo, ele reconhece que "o planeta está passando por um momento de transformação e haverá pessoas que vão tomar consciência. E outras que não".

Daqui.



sábado, 17 de dezembro de 2011

Fala a verdade, vai?


Olha, é tudo mentira. Tudo isso que dizem, que você lê, ouve, vê, nada disso é verdade. E você sabe que não é. Você vai lá e consome justamente porque não é verdade. Como ouvi de um taxista outro dia 'a vida é dura e por isso a gente quer fugir da realidade vendo TV'. O problema é que mentira vicia e depois você já nem sabe mais a diferença entre uma coisa e outra.
Vou dar um exemplo. As pessoas gostam de aparecer. Gostam muito. Todo mundo gosta. Durante muito tempo as pessoas fingiam que não gostavam ou apenas se conformavam porque não podiam, não tinham ferramentas para tal. E aí veio a revolução digital, as câmeras baratas, a Internet, o YouTube. E o que aconteceu? Todo mundo quer ver e ser visto. Se você achava que era só aquela sua prima que era exibida, você se enganou. Ela é, sua tia é, você é, eu sou, somos todos. Exibidos e exibicionistas. Quem tem mais pra mostrar quer ficar mais tempo se mostrando, que não tem também quer tentar, quem acha que tem não sai diante da câmera.
Sabem quantos vídeos são vistos todos os dias no YouTube? 4 BILHÕES. Isso, não são milhões, são 4 bilhões mesmo. Em outubro mais de 200 bilhões de vídeos foram assistidos por 1,2 bilhões de pessoas. Sim, tem MUITO conteúdo de TV, clips de música, mas tem MUITOS vídeos de pessoas que querem compartilhar, exibir, experimentar.
Eu não estou dizendo que é errado ou certo, estou dizendo que É assim.
É a verdade. O ser humano é exibido por natureza. E carente, ambicioso, vaidoso. Todo mundo quer aplauso, quer aprovação. Todo mundo.
Só que essa exposição vicia. E muito. A pessoa vê que tem gente assistindo e fica excitada por saber que está sendo 'olhada' e vista. Então ela quer fazer mais. O que ela não percebe é que as pessoas não estão 'viciadas' nela, ELA é que está viciada em se exibir! Só que ela não diz a verdade. Ela, a pessoa, nunca diz 'eu sou exibida, gosto de aparecer e quero ficar famosa'. Ela diz 'eu faço isso para meus fãs', 'as pessoas pedem, então eu atendo'. Tudo mentira. Mentira, porque não é por causa disso que ela faz. Ela faz porque ela quer, precisa.
Claro que nem sempre é assim. Uma pessoa pode dar aulas, cantar, entrevistar, fazer dancinhas, fazer um tutorial, qualquer coisa em vídeo. Mas tem gente que mostra um assunto e tem gente que apenas se exibe.
Quem só se exibe acha que qualquer assunto vale a pena contanto que seja ELA falando do assunto.
Quem tem algum conteúdo sabe que é apenas um agente dessa conteúdo e o que vale é O QUE ela vai falar.
O problema das pessoas viciadas em exposição, do tipo que se acha importante para todos, que acha que se ela não se exibir o mundo vai ACABAR ( porque né, quem pode SOBREVIVER sem UMA pessoa ou UM canal de vídeo com TANTAS opções?) faz o mesmo ciclo da droga, da cocaína, do crack.
Ela começa se exibindo. Aí se vicia. E precisa se expor cada vez mais. Só que, como o assunto é sempre ELA, o assunto vai se acabando. E aí ela começa a mostra o pé, a mão, o cabelo, a boca, os dentes, o umbigo. O peito. Faz um strip. Faz vídeos bêbada. Ela vai seguindo a curva da droga, precisando cada vez de uma dose maior para um efeito menor. Até que ela SE ACABA. Ela acaba, o assunto acaba, tudo acaba.
E o que acontece? O desespero. Aí a pessoa começa a topar qualquer coisa pra conseguir um mínimo.
Mas ficou combinado em algum momento que ninguém diria nenhuma verdade. A gente finge que faz isso porqque 'os outros pedem', para atender os 'fãs'.
Mas só pra dizer outra verdade, é implicância minha mesmo, essa mania de querer ficar analisando tudo. Outra verdade é que não é inveja, porque a gente inveja o que a gente não tem e eu tenho câmera, celular e tudo o que todo mundo tem pra fazer vídeos, que aliás, eu faço sempre há muitos anos. Mas sempre penso no motivo que me leva a fazê-los. O que eu faço no Rosana Indica? Eu vou passar um conteúdo ou eu quero aparecer? Quando entrevisto alguém eu vou tirar informação da pessoa ou eu vou ficar mostrando que eu sou engraçadinha ou inteligente? Penso em tudo o que faço e nem sempre tenho orgulho de mim, principalmente quando meu lado exibido está exacerbado. Acho doentio isso.
Assim, convido você a olhar as mesmas coisas que você olha, ler os mesmos textos que você lê, acompanhar os mesmos vídeos e programas, mas fazendo a pergunta:
- essa pessoa quer ME trazer alguma informação ou conteúdo ou ela quer SE exibir pra mim? Se for PRA mim, eu quero essa informação? Se ela quer SE exibir, eu quero ser plateia pra vaidade dela?
Cada um pode e deve fazer o que quiser, inclusive mentir ou se enganar. Mas é melhor não ser enganado. É melhor viver a verdade, mesmo que seja só num pedacinho do mundo ou só na sua casa, ou só pra você mesma.
Porque se a gente perder totalmente o contato com a verdade num mundo tão cheio de mentiras e hipocrisias, aí a gente passa a ser só isso, mais uma ilusão nesse mundo de faz-de-conta.

Texto de Rosana Hermann



segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O impacto da bebedeira no aparelho digestivo


Popular azia é gerada pela passagem da acidez do estômago até o esôfago

Quem exagera na bebida alcoólica ou na quantidade de comida no prato pode sofrer com a azia, assim como muitas grávidas. Chegado dezembro, o mês de concentração de festas, confraternizações, Natal e Réveillon, todos regados a um cardápio farto e bebidas de todo tipo, é bom redobrar a atenção com a saúde alimentar, pois a sensação de queimação na chamada boca do estômago, bem conhecida pela população, pode atacar. A azia se manifesta em algumas pessoas ocasionalmente, por conta de um dia de excessos. Mas há quem conviva com o problema e precise procurar um médico para buscar uma solução definitiva.

O mal aparece quando a acidez do estômago reflui para o esôfago, que não é preparado para recebê-lo, causando o desconforto e a sensação de queimação. Segundo José Carlos Ferreira Couto, vice-presidente do Departamento de Gastroenterologia da Associação Médica de Minas Gerais, o mais comum é o refluxo ácido.

— Também há o refluxo alcalino, causado pela bile. Mas é bem mais raro — revela.

Ele explica que o organismo tem uma boa capacidade de reagir à azia, com saliva e peristaltismo, que é o movimento muscular que auxilia no encaminhamento do alimento para o estômago. Mas nem sempre é o suficiente. O caso costuma ser mais grave quando a pessoa tem a doença do refluxo gastroesofágico e hérnia de hiato.

— A hérnia é uma posição anormal do estômago em relação ao diafragma. Entre eles, há uma válvula muscular, chamada esfíncter esofágico inferior, com a função de lacrar a entrada do estômago. O esôfago se contrai para fechá-la. Quando há um relaxamento anormal dessa válvula, há refluxo e azia. Obesos têm maior propensão ao problema — conta o médico.



Previna-se

Em casos mais raros e graves, a inflamação crônica pode trazer mudanças nas células do esôfago e causar metaplasia intestinal, conhecida como esôfago de Barrett, que pode evoluir para um câncer, esclarece o gastroenterologista José Carlos Ferreira Couto.

:: Álcool, café, chocolate, alimentos gordurosos, condimentos, chá mate, chá preto e tabaco. São grandes potenciais relaxantes do esfíncter, o que facilita o refluxo e a azia.
:: Líquidos, especialmente os gasosos, ingeridos durante uma refeição.
:: Medicamentos corticoides e alguns sedativos.
:: Também não é bom deitar depois das refeições. Uma dica é colocar um calço de 15 centímetros na cabeceira da cama para deixar a cabeça mais alta em relação ao restante do corpo, o que dificultará o refluxo.

Casos especiais

:: Grávidas — A mulher passa por um processo de transformação hormonal grande, o que prejudica o funcionamento da musculatura da junção esôfago-gástrica. Associado com o crescimento progressivo do útero, faz um aumento da pressão sobre o estômago, que é empurrado para cima nas fases finais da gravidez, favorecendo o refluxo.
:: Atividades físicas — A relação com a azia não é preocupante. A pessoa com hérnia de hiato e doença de refluxo tem que evitar exercícios que aumentem a pressão intra-abdominal.
:: Os abdominais devem ser realizados em séries pequenas, de 10 repetições. Esportes como futebol, tênis e natação não influem — diz o gastro José Carlos Couto.

Diagnóstico

:: Para confirmar o diagnóstico, facilmente identificado pela queimação, e descartar a existência de complicações, às vezes é necessário fazer exames endoscópicos (endoscopia digestiva alta).
:: Uma ótima prova para demonstrar que os sintomas são causados pelo refluxo de ácido é a biópsia (exame ao microscópio de fragmentos da mucosa do esôfago).

Tratamento
:: Para aliviar a sensação de queimação, pode-se tomar antiácidos à base de hidróxido de alumínio ou de magnésio. Mas não se deve fazer uso contínuo. É para exceções, num dia de abuso de comida ou bebida. Quem tem azia frequentemente precisa procurar um médico.
:: Em casos mais sintomáticos, faz-se o tratamento com medicamentos que são potentes inibidores da produção do ácido, cientificamente conhecidos como bloqueadores da bomba de prótons. É um tratamento mais longo.
:: A opção cirúrgica só é feita em último caso, quando não se consegue uma boa resposta ao tratamento medicamentoso.

Receitas populares
:: Uso do bicarbonato de sódio ou do leite para amenizar o desconforto — O médico mineiro José Carlos Couto alerta que a bebida é alimento, e não remédio. Ao bloquear a acidez do estômago, acaba por induzi-lo a produzir mais ácido. O mesmo ocorre com o bicarbonato. Leite e bicarbonato, no momento em que são ingeridos, promovem o alívio, mas causam o efeito rebote. Duas ou três horas depois, a pessoa está com mais azia. Isso porque o leite tem gordura, açúcar e proteínas que precisam ser digeridas. Assim, o estômago libera mais ácido.
:: Chá de casca de batata ou água com limão — Ambos também devem ser evitados. Outro fator a ser considerado é que a batata recebe muito agrotóxico para seu cultivo. E a maior parte se concentra na casca.
:: Uma colher de azeite antes de consumir bebida alcoólica — Não tem nenhuma influência na prevenção da azia, segundo o especialista.

*Humberto Siqueira/Correio Braziliense

Daqui.


E a Pimentinha Brasileira pergunta?

Para festejar e ficar feliz é indispensável o álcool? Que triste!!!



sábado, 10 de dezembro de 2011

Situação de cão que foi enterrado vivo é gravíssima, diz veterinária



O cachorro enterrado vivo por 12 horas em Novo Horizonte, no interior São Paulo, corre risco de morrer. Segundo a veterinária Viviane Cristina da Silva, um novo exame de sangue foi realizado na manhã desta sexta-feira (9) para avaliar o grau de anemia apresentado pelo animal. “Ele está recebendo soro, banhos terapêuticos, medicação e vitaminas. Hoje voltou a comer ração, mas a situação é gravíssima. Ele piorou muito”, informou.
O animal também passa por um tratamento de sarna via oral. O olho esquerdo machucado compromete a visão. A veterinária contou que o cachorro só será submetido a uma cirurgia caso a recuperação seja positiva. “Não posso agora realizar o procedimento cirúrgico previsto. Se fizesse, com certeza ele não resistiria”.
O filhote vira-lata de 4 meses virou símbolo de resistência e força na cidade. Segundo o presidente da Associação Protetora dos Animais “Mão Amiga”, Marco Antonio Rodrigues, a solidariedade da população está sendo de extrema importância. “Temos recebido ajuda e telefonemas de todo o país. Muita gente quer ver o animal recuperado. Além disso, a quantidade de pessoas querendo adotá-lo aumenta”, disse.
Marco também sugeriu para a veterinária iniciar uma alimentação à base de ração humana, fornecida para pessoas que estão em situação pós-operatória. “Já ouvi a falar, mas não conheço. Vou continuar o tratamento com ração animal mesmo”, explicou Viviane.

Fonte:
g1.globo.com

A Pimentinha Brasileira pergunta:
Até quando os seres racionais vão se sentir no direito de desrespeitar os animais e acharem que não é nada demais???
Nessas horas, eu lamento ser da mesma espécie que essa criatura abominável!

domingo, 4 de dezembro de 2011

Pimenta pode ser usada para combater a dor


O estudo é de cientistas escoceses que analisam a pimenta chilli mexicana:

Cientistas da Universidade escocesa de Aberdeen acreditam que a pimenta chilli tem outra função além de temperar os pratos mexicanos. De acordo com os estudiosos, a capsaicina, substância contida no chilli pode ativar os genes que causam a sensação de dor.

Com essa descoberta, poderão ser preparados analgésicos com a pimenta. Eles chegaram a essa conclusão depois de identificarem trechos do DNA responsável por isso.

O gene foi batizado de ‘substância-P’, associada à dor crônica de inflamações há mais de 30 anos. Com a capsaicina, os pesquisadores isolaram o elemento que une a substância-P às células nervosas. Assim, fica comprada a eficiência da pimenta como um futuro analgésico.

Por Carolina Abranches
bemstar.globo.com




terça-feira, 29 de novembro de 2011

Lula, o câncer, o SUS e o Sírio







Por ELIO GASPARI

O Brasil de Nosso Guia está a 33 quilômetros da "perfeição no tratamento de saúde"

AS PESSOAS que estão reclamando porque Lula não foi tratar seu câncer no SUS dividem-se em dois grupos: um foi atrás da piada fácil, e ruim; o outro, movido a ódio, quer que ele se ferre. Na rede pública de saúde, em 1971, Lula perdeu a primeira mulher e um filho. Em 1998, o metalúrgico tornou-se candidato à Presidência da República e pegou pesado: "Eu não sei se o Fernando Henrique ou algum governador confiaria na saúde pública para se tratar". Nessa época acusava o governo de desossar o SUS, estimulando a migração para os planos privados. Quando Lula chegou ao Planalto, havia 31,2 milhões de brasileiros no mercado de planos particulares. Ao deixá-lo, essa clientela era de 45,6 milhões, e ele não tocava mais no assunto.
Em 2010, Lula inaugurou uma Unidade de Pronto Atendimento do SUS no Recife dizendo que "ela está tão bem localizada, tão bem estruturada, que dá até vontade de ficar doente para ser atendido". Horas depois, teve uma crise de hipertensão e internou-se num hospital privado.
Lula percorreu todo o arco da malversação do debate da saúde pública. Foi de vítima a denunciante, passou da denúncia à marquetagem oficialista e acabou aninhado no Sírio-Libanês, um dos melhores e mais caros hospitais do país. Melhor para ele. (No andar do SUS, uma pessoa que teve dor de ouvido e sentiu algo esquisito na garganta leva uns 30 dias para ser examinada corretamente, outros 76, na média, para começar um tratamento quimioterápico, 113 dias se precisar de radioterapia. No andar de Lula, é possível chegar-se ao diagnóstico numa sexta e à químio, na segunda. A conta fica em algo como R$ 50 mil.)
Lula, Dilma Rousseff e José Alencar trataram seus tumores no Sírio. Lá, Dilma recebeu uma droga que não era oferecida à patuleia do SUS. Deve-se a ela a inclusão do rituximab na lista de medicamentos da saúde pública.
Os companheiros descobriram as virtudes da medicina privada, mas, em nove anos de poder, pouco fizeram pelos pacientes da rede pública. Melhoraram o acesso aos diagnósticos, mas os tratamentos continuam arruinados. Fora isso, alteraram o nome do Instituto Nacional do Câncer, acrescentando-lhe uma homenagem a José Alencar, que lá nunca pôs os pés. Depois de oito anos: 1 em cada 5 pacientes de câncer dos planos de saúde era mandado para a rede pública. Já o tucanato, tendo criado em São Paulo um centro de excelência, o Instituto do Câncer Octavio Frias de Oliveira, por pouco não entregou 25% dos seus leitos à privataria. (A iniciativa, do governador Geraldo Alckmin, foi derrubada pelo Judiciário paulista.)
A luta de José Alencar contra "o insidioso mal" serviu para retirar o estigma da doença. Se o câncer de Lula servir para responsabilizar burocratas que compram mamógrafos e não os desencaixotam (as comissões vêm por fora) e médicos que não comparecem ao local de trabalho, as filas do SUS poderão diminuir. Poderá servir também para acabar com a política de duplas portas, pelas quais os clientes de planos privados têm atendimento expedito nos hospitais públicos.
Lula soube cuidar de si. Delirou ao tratar da saúde dos outros quando, em 2006, disse que "o Brasil não está longe de atingir a perfeição no tratamento de saúde". Está precisamente a 33 quilômetros, a distância entre seu apartamento de São Bernardo e o Sírio.

Folha UOL/ (só para assinantes)


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