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terça-feira, 9 de julho de 2013
Carreira Médica
Carlos Reinaldo Mendes Ribeiro*
Aumentar a duração dos cursos médicos, obrigar os médicos formados a trabalhar para o Governo por dois anos, deslocando-os para lugares onde não permanecerão clinicando, não é uma boa solução e precisa ser revista.
Não há no Brasil falta de médicos, pois a Organização Mundial de Saúde preconiza 1 médico para cada 1.000 habitantes e temos 1 para 622 habitantes, logo o que existe é má distribuição. A distribuição de uma profissão liberal é determinada pela capacidade do mercado e condições de trabalho. Fica evidente que o Governo deve estabelecer um sistema de distribuição de médicos pagos pelo setor público, em locais onde o mercado de trabalho não permite o exercício da medicina como profissão liberal, e quanto a isto parece não haver discussão.
O que se questiona é a locação numa destas regiões de médicos não vocacionados para clínicos gerais e desajustados às condições de vida da região onde serão obrigados a permanecer por dois anos, um verdadeiro castigo, gerador de atraso da vida profissional planejada. O médico que irá trabalhar neste local deve ser vocacionado para o exercício de clínica geral e identificado com a região onde irá atuar. Assim sendo, ele deve ser selecionado para ingressar num curso médico a partir da região onde se compromete a atuar, como servidor público lá locado. Não se pode pretender, entretanto, que este médico fique condenado a um exercício profissional limitado pelas condições de trabalho vigentes na área onde atua, ele deve ter oportunidades de atualização profissional e perspectivas de carreira no setor público, assumindo maiores responsabilidades, se assim for de seu interesse.
Sugerimos que sejam abertas vagas de formação profissional em medicina, para candidatos bolsistas, comprometidos a atuar na área de origem, como ponto de partida para uma carreira médica no setor público. O valor da bolsa deverá lhe assegurar condições satisfatórias de vida, sendo os custos de sua formação assumidos integralmente pelo setor público. Ficam a cargo do ensino médico os ajustes necessários que assegurem uma formação profissional adequada.
*Sanitarista, professor, escritor e empresário.
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Um comentário:
Olá!!! Tudo bem? Quanto tempo!
Tenho 3 primos medicos, um cirurgião plastico, um dentista e outro pediatra e estão P da vida com isso!!!!!
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