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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O impacto da bebedeira no aparelho digestivo


Popular azia é gerada pela passagem da acidez do estômago até o esôfago

Quem exagera na bebida alcoólica ou na quantidade de comida no prato pode sofrer com a azia, assim como muitas grávidas. Chegado dezembro, o mês de concentração de festas, confraternizações, Natal e Réveillon, todos regados a um cardápio farto e bebidas de todo tipo, é bom redobrar a atenção com a saúde alimentar, pois a sensação de queimação na chamada boca do estômago, bem conhecida pela população, pode atacar. A azia se manifesta em algumas pessoas ocasionalmente, por conta de um dia de excessos. Mas há quem conviva com o problema e precise procurar um médico para buscar uma solução definitiva.

O mal aparece quando a acidez do estômago reflui para o esôfago, que não é preparado para recebê-lo, causando o desconforto e a sensação de queimação. Segundo José Carlos Ferreira Couto, vice-presidente do Departamento de Gastroenterologia da Associação Médica de Minas Gerais, o mais comum é o refluxo ácido.

— Também há o refluxo alcalino, causado pela bile. Mas é bem mais raro — revela.

Ele explica que o organismo tem uma boa capacidade de reagir à azia, com saliva e peristaltismo, que é o movimento muscular que auxilia no encaminhamento do alimento para o estômago. Mas nem sempre é o suficiente. O caso costuma ser mais grave quando a pessoa tem a doença do refluxo gastroesofágico e hérnia de hiato.

— A hérnia é uma posição anormal do estômago em relação ao diafragma. Entre eles, há uma válvula muscular, chamada esfíncter esofágico inferior, com a função de lacrar a entrada do estômago. O esôfago se contrai para fechá-la. Quando há um relaxamento anormal dessa válvula, há refluxo e azia. Obesos têm maior propensão ao problema — conta o médico.



Previna-se

Em casos mais raros e graves, a inflamação crônica pode trazer mudanças nas células do esôfago e causar metaplasia intestinal, conhecida como esôfago de Barrett, que pode evoluir para um câncer, esclarece o gastroenterologista José Carlos Ferreira Couto.

:: Álcool, café, chocolate, alimentos gordurosos, condimentos, chá mate, chá preto e tabaco. São grandes potenciais relaxantes do esfíncter, o que facilita o refluxo e a azia.
:: Líquidos, especialmente os gasosos, ingeridos durante uma refeição.
:: Medicamentos corticoides e alguns sedativos.
:: Também não é bom deitar depois das refeições. Uma dica é colocar um calço de 15 centímetros na cabeceira da cama para deixar a cabeça mais alta em relação ao restante do corpo, o que dificultará o refluxo.

Casos especiais

:: Grávidas — A mulher passa por um processo de transformação hormonal grande, o que prejudica o funcionamento da musculatura da junção esôfago-gástrica. Associado com o crescimento progressivo do útero, faz um aumento da pressão sobre o estômago, que é empurrado para cima nas fases finais da gravidez, favorecendo o refluxo.
:: Atividades físicas — A relação com a azia não é preocupante. A pessoa com hérnia de hiato e doença de refluxo tem que evitar exercícios que aumentem a pressão intra-abdominal.
:: Os abdominais devem ser realizados em séries pequenas, de 10 repetições. Esportes como futebol, tênis e natação não influem — diz o gastro José Carlos Couto.

Diagnóstico

:: Para confirmar o diagnóstico, facilmente identificado pela queimação, e descartar a existência de complicações, às vezes é necessário fazer exames endoscópicos (endoscopia digestiva alta).
:: Uma ótima prova para demonstrar que os sintomas são causados pelo refluxo de ácido é a biópsia (exame ao microscópio de fragmentos da mucosa do esôfago).

Tratamento
:: Para aliviar a sensação de queimação, pode-se tomar antiácidos à base de hidróxido de alumínio ou de magnésio. Mas não se deve fazer uso contínuo. É para exceções, num dia de abuso de comida ou bebida. Quem tem azia frequentemente precisa procurar um médico.
:: Em casos mais sintomáticos, faz-se o tratamento com medicamentos que são potentes inibidores da produção do ácido, cientificamente conhecidos como bloqueadores da bomba de prótons. É um tratamento mais longo.
:: A opção cirúrgica só é feita em último caso, quando não se consegue uma boa resposta ao tratamento medicamentoso.

Receitas populares
:: Uso do bicarbonato de sódio ou do leite para amenizar o desconforto — O médico mineiro José Carlos Couto alerta que a bebida é alimento, e não remédio. Ao bloquear a acidez do estômago, acaba por induzi-lo a produzir mais ácido. O mesmo ocorre com o bicarbonato. Leite e bicarbonato, no momento em que são ingeridos, promovem o alívio, mas causam o efeito rebote. Duas ou três horas depois, a pessoa está com mais azia. Isso porque o leite tem gordura, açúcar e proteínas que precisam ser digeridas. Assim, o estômago libera mais ácido.
:: Chá de casca de batata ou água com limão — Ambos também devem ser evitados. Outro fator a ser considerado é que a batata recebe muito agrotóxico para seu cultivo. E a maior parte se concentra na casca.
:: Uma colher de azeite antes de consumir bebida alcoólica — Não tem nenhuma influência na prevenção da azia, segundo o especialista.

*Humberto Siqueira/Correio Braziliense

Daqui.


E a Pimentinha Brasileira pergunta?

Para festejar e ficar feliz é indispensável o álcool? Que triste!!!



2 comentários:

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Minha querida

Passando para agradecer o carinho de sempre e oferecer uma fatia de bolo do meu aniversário...embora virtual é de coração.

Beijinhos com carinho
Sonhadora

Anne Lieri disse...

Soninha,confesso que adoro um vinho,mas só tomo em ocasioes especiais!Tem gente que pensa que se nao beber todas hoje, o mundo pode acabar!...rss..tenha dó, é um exagero mesmo!Excelente artigo!bjs,

Evite as drogas!

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